COMPONENTES CELULARES

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COMPONENTES CELULARES

Estrutura da membrana plasmática

A membrana plasmática é uma estrutura muito fininha que mede cerca de 8nm (não esqueça que 1nm = 0,000001 mm). Por conta disso, essa estrutura só pode ser visualizada detalhadamente por microscópio eletrônico.

A membrana celular é composta de uma bicamada de fosfolipídios, proteínas e carboidratos. Nas células de animais, além desses componentes, também encontramos colesterol permeando a membrana e dando elasticidade a ela.

Os fosfolipídios são os principais componentes da membrana. Sua estrutura e composição química permitem, ao mesmo tempo, delimitar a célula e tolerar sua permanência em um meio aquoso. Os fosfolipídios possuem duas partes: uma parte apolar, composta de lipídio, e uma parte polar, composta por um fosfato ligado a uma colina (substância nitrogenada). Veja na imagem a seguir a sua representação:

bicamada da membrana plasmatica
Figura 2: Representação esquemática da bicamada de fosfolipídios da membrana plasmática.
sses componentes estão dispostos em duas camadas, que chamamos de bicamada de fosfolipídios. Esse arranjo faz com que as partes apolares dos fosfolipídios estejam voltados para dentro da bicamada (fazendo o papel de isolante) e suas partes hidrofílicas e polares estejam voltadas para o interior e o exterior das células, onde encontramos grande quantidade de água.

Permeando os fosfolipídios, há proteínas, exercendo diferentes papeis. As proteínas integrais atravessam completamente a membrana, interligando o meio interno e o meio externo da célula. Em geral, as proteínas integrais têm a função de transporta substâncias através das membranas, já que muitas são grandes demais para passar entre os fosfolipídios. Há também as proteínas periféricas. Estas, geralmente, possuem a função de se ligarem a substâncias extracelulares, identificando-as e desencadeando alguma atividade na célula.

Por fim, os carboidratos (ou glicídios) estão presentes na face externa das membranas das nossas células. Eles podem se encontrar ligados aos fosfolipídios ou às proteínas.

Funções da membrana plasmática

A membrana plasmática separa o ambiente extracelular do intracelular, delimitando a célula. Além disso, as membranas plasmáticas têm uma propriedade chamada de permeabilidade seletiva. Essa propriedade faz com que a membrana seja permeável, deixando entrar ou sair uma grande variedade de substâncias da célula.  Porém, essas substâncias são selecionadas pela célula. Essa seleção é feita especialmente pelas proteínas integrais.

Mitocôndria

– Funções das mitocôndrias:
Nos seres vivos aeróbios eucariontes, há uma organela citoplasmática especializada na respiração celular: a mitocôndria. A respiração celular é um processo onde moléculas orgânicas são quebradas para a obtenção da energia na forma de ATP (a moeda energética das células).

Na respiração celular aeróbica, essa quebra é feita com a ajuda do gás oxigênio e realizada em três etapas: glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória. Essas duas últimas etapas são realizadas no interior das mitocôndrias.

– Estrutura das mitocôndrias

Essas organelas citoplasmáticas possuem a forma de grãos ou bastonetes com tamanho aproximado de 2 µm de largura por 10 µm de comprimento.

Ao observarmos as mitocôndrias ao microscópio eletrônico, é possível notar que elas possuem duas membranas semelhantes à membrana plasmática. Uma das membranas delimita a organela. Já a outra, dobra-se sobre si mesma, formando uma série de reentrâncias no interior da mitocôndria. Essa série de septos são chamados de cristas mitocondriais.

esquema da mitocondria organelas celulares
Figura 1: Esquema de uma mitocôndria, onde podemos observar sua membrana externa delimitando a organela e a interna dobrando-se sobre si mesma e formando as cristas mitocondriais.
Permeando as cristas mitocondriais encontramos uma série de proteínas e transportadores de elétrons que irão participar da cadeia respiratória. As cristas mitocondriais, como todas as suas dobras, aumentam a área de adesão para estas enzimas, sem que seja necessária uma organela maior.

Entre as cristas mitocondriais encontramos uma substância gelatinosa, semelhante a que compõe o citosol. Essa substância é chamada de matriz mitocondrial. Na matriz mitocondrial há diversas enzimas que também são responsáveis por reações químicas que ocorrem na respiração celular.

Além das enzimas, também encontramos na matriz mitocondrial DNA, RNA e ribossomos. Isso mesmo, os ribossomos das mitocôndrias são organelas celulares dentro de outra organela! Isso, como veremos, reforçará a teoria da endossimbiose.

Como têm todo o “maquinário” próprio para a produção de proteínas, as mitocôndrias são capazes de produzir suas próprias proteínas e enzimas. Além disso, a presença do DNA dentro das mitocôndrias permite que elas se autodupliquem, independentemente da célula. Desse modo, seu número se mantém constante nas células, mesmo depois delas terem sofrido divisão celular.

– DNA mitocondrial e hereditariedade:

As mitocôndrias são doadas aos filhos pelas suas mães. Isso porque, quando ocorre a fecundação, o espermatozoide (célula com citoplasma extremamente reduzido) “doa” ao óvulo apenas seu núcleo. Sendo assim, as demais organelas presentes no zigoto são herdadas do óvulo, ou seja, da “mãe” do indivíduo.

Cloroplastos

– Função dos cloroplastos:

Os cloroplastos são plastos classificados como cromoplastos. Isso quer dizer que são vesículas que armazenam pigmentos. Além dos cromoplastos, como os cloroplastos, as células vegetais podem também ter outros plastos que armazenam outras substâncias, como o amido (amiloplastos) e óleos (oleoplastos).

Os cloroplastos contêm o pigmento responsável pela fotossíntese, processo autotrófico de moléculas energéticas. Ou seja, são os cloroplastos que vão fazer o processo de produção “do próprio alimento” das plantas.

 

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